Brasile: Movimento Passe Livre (MPL), chi siamo

Chi siamo

Il Movimento Passe Livre (MPL) è un movimento sociale brasiliano che lotta per un trasporto veramente pubblico fuori dal settore privato. Una delle principali bandiere del movimento è il cambiamento dal sistema di trasporto privato a un sistema pubblico, il trasporto gratuito per tutti gli strati della popolazione. Oggi, il MPL vuole approfondire il dibattito sul diritto di trasporto urbano, sulla mobilità urbana nelle grandi città e su un nuovo modello di trasporto per il Brasile.

Le azioni del MPL sono costituite dal lavoro di divulgazione, studi e analisi dei sistemi di trasporto nelle principali città del paese, portando queste informazioni nei vari settori in ogni municipio. Inoltre, un altro elemento di rilievo sono le manifestazioni di azione diretta, attività ludiche e leggi di iniziativa popolare. Il MPL utilizza questi meccanismi per fare pressione sul potere pubblico in tutte le sfere. Crediamo che questo sia il modo migliore di fare politica.

 

Come è nato

La rivolta popolare che ha originato i principi e l'idea del movimento Passe Livre è nata a Salvador, capitale di Bahia. Nel 2003, migliaia di giovani, studenti, operai e lavoratori e lavoratrici chiusero le strade pubbliche, per protestare contro l'aumento delle tariffe. Per 10 giorni, la città restò paralizzata. L'evento è stato così significativo che è diventato un documentario intitolato "La rivolta di Buzu" di Carlos Pronzato. Il film mostra come l'Unione Nazionale degli Studenti (UNE) e l'Unione Brasiliana degli studenti delle Superiori (UBE) tentarono di mettersi a capo di una rivolta che non avevano iniziato. La Rivolta di Buzu fino ad allora, era caratterizzata da un movimento autonomo e spontaneo. Dopo la scissione la UNE e le altre organizzazioni si misero in contrasto con il movimento perché non riuscirono guidarlo.

L'anno seguente, 2004, un gruppo di studenti a Florianopolis già si articolava in una proposta diversa dalle organizzazioni studentesche ufficiali. Ispirati dagli eventi del Salvador, la città si fermò nella famosa "Rivolta della Catraca" [catraca: tornello sugli autobus per regolare il passaggio]. Le proteste chiedevano, ancora una volta, la riduzione delle tariffe degli autobus, e ha avuto la partecipazione di studenti, associazioni di residenti, insegnanti, sindacati e la popolazione in generale.

Queste esperienze di Florianópolis e Salvador furono così significative che, nel 2005, il "Movimento per il passe livre" della capitale di Santa Catarina [Florianópolis] ha deciso di organizzare una grande riunione (plenaria) al quinto Forum Sociale Mondiale nel gennaio 2005. Lì, persone provenienti da diverse città del paese condivisero le loro esperienze nella lotta per un trasporto collettivo di libero accesso e pass gratuito per gli studenti. Lì è nato, ufficialmente il Movimento Passe Livre, che ora è presente in tutte le regioni del paese, nelle principali città.

Come si organizza il MPL?

Volendo sfuggire l'opportunismo di organizzazioni ufficiali degli studenti, il Movimento Passe Livre si organizza con principi di base, approvati nella riunione plenaria che si è tenuta nel quinto Forum Sociale Mondiale del 2005.

I principi di organizzazione approvati furono indipendenza, apartitismo, orizzontalità e decisioni per consenso. Durante il 3° Incontro Nazionale del Movimento Passe Livre (ENMPL), nel luglio 2006, si è aggiunto come principio il federalismo. Questi principi possono essere modificati solo con il metodo del consenso.

L'articolazione nazionale del movimento è fatta attraverso GTNs (“Grupos de Trabalho Nacional”: gruppi di lavoro nazionali), con i quali il movimento organizza azioni comuni, giornali nazionali (come il quotidiano nazionale del movimento) e l'Assemblea Nazionale del Movimento Passe Livre (Encontro Nacional do Movimento Passe Livre ENMPL). Nell'ultimo ENMPL è stata dta l’indicazione di creare dei GTs di comunicazione, organizzazione e supporto legale

Giornata Nazionale del Passe Livre

Il 26 ottobre è considerata la Giornata Nazionale di Lotta per il Passe Livre. La sua prima "celebrazione" avvenne nel 2005, dove una catraca in fiamme simboleggiava l'unione delle manifestazioni che avvenivano in 14 città. La data è stata scelta perché era il giorno in cui una proposta di legge di iniziativa popolare del Passe Livre (circa 20.000 firme) è stata votata nel Consiglio comunale di Florianópolis. Il progetto è stato approvato il 4 novembre.

Traduzione di Valerio S. per civg.it

 


 

Sobre nós

O Movimento Passe Livre (MPL) é um movimento social brasileiro que luta por um transporte público de verdade, fora da iniciativa privada. Uma das principais bandeiras do movimento é a migração do sistema de transporte privado para um sistema público, garantindo o acesso universal através do passe livre para todas as camadas da população. Hoje, o MPL quer aprofundar o debate sobre o direito de ir e vir, sobre a mobilidade urbana nas grandes cidades e sobre um novo modelo de transporte para o Brasil.

As ações do MPL passam por trabalhos de divulgação, estudos e análises dos sistemas de transporte nas principais cidades do país, levando essas informações para diversos setores em cada município. Além disso, outra característica marcante são as manifestações de ação direta, intervenções lúdicas e leis de iniciativa popular. O MPL utiliza-se desses mecanismos para pressionar o poder público, em todas as esferas. Acreditamos ser essa a melhor maneira de fazer política.

Como surgiu

A revolta popular que originou os princípios e a idéia do Movimento Passe Livre aconteceu em Salvador, capital da Bahia. Em 2003, milhares de jovens, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras fecharam as vias públicas, protestando contra o aumento da tarifa. Durante 10 dias, a cidade ficou paralisada. O evento foi tão significativo que se tornou um documentário, chamado “A Revolta do Buzu”, de Carlos Pronzato. O filme mostra como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) tentaram liderar uma revolta que não iniciaram. A Revolta do Buzu, até então, era caracterizada como um movimento autônomo e espontâneo. Após o racha, a UNE e as outras organizações se colocaram contrárias ao movimento porque não conseguiram liderá-lo.

No ano seguinte, 2004, um grupo de estudantes em Florianópolis já se articulava numa proposta diferente das organizações estudantis oficiais. Inspirados nos acontecimentos de Salvador, a cidade parou na famosa “Revolta da Catraca”. Os protestos pediam, mais uma vez, a redução das tarifas de ônibus, e havia a participação de estudantes, associações de moradores, professores, sindicatos e a população em geral.

Essas experiências de Florianópolis e Salvador foram tão significativas que, em 2005, o “Movimento pelo passe livre” da capital catarinense decidiu organizar uma grande reunião (plenária) no quinto Fórum Social Mundial, em janeiro de 2005. Lá, pessoas de diversas cidades do país dividiram suas experiências na luta por um transporte coletivo de livre acesso e pelo passe livre estudantil. Ali nasceu, oficialmente, o Movimento Passe Livre, que hoje está presente em todas as regiões do país, nas principais cidades.

Como se organiza o MPL?

Querendo fugir do oportunismo das entidades estudantis oficiais, o Movimento Passe Livre organiza-se através de princípios básicos, aprovados na plenária pelo passe livre, ocorrida no quinto Fórum Social Mundial, em 2005.

Os princípios de organização aprovados eram independência, apartidarismo, horizontalidade e decisões por consenso. Durante o 3º Encontro Nacional do Movimento Passe Livre (ENMPL), em julho de 2006, adicionou-se o federalismo como princípio. Tais princípios só podem ser modificados pelo método do consenso.

A articulação nacional do movimento é feita atraves de GTNs (Grupos de Trabalho Nacional), onde o movimento organiza ações conjuntas, impressos nacionais (como o jornal nacional do movimento) e o Encontro Nacional do Movimento Passe Livre (ENMPL). No último ENMPL, foi decidido como indicativo a criação de GTs de comunicação, organização e apoio jurídico

Dia nacional do passe livre

O dia 26 de outubro é considerado O Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre. Sua primeira “edição” ocorreu em 2005, onde uma catraca em chamas simbolizava a união das manifestações, ocorridas em 14 cidades. A data foi escolhida pois foi o dia em que um projeto de lei de iniciativa popular do passe livre (com cerca de 20 mil assinaturas) foi votado na Câmara de Vereadores de Florianópolis. O projeto foi aprovado em 4 de novembro.